sábado, 11 de outubro de 2014

Ministério Público do Amapá denuncia presidente do CRM-AP por crime de racismo

A Promotoria de Investigações Cíveis e Criminais (PICC), em ação conjunta com a Promotoria de Defesa da Saúde, ingressou, no dia 7 do mes em curso, com denúncia contra o Presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/AP), Dorimar Barbosa, pela prática do crime de Racismo, contra diversos médicos estrangeiros do Programa Federal Mais Médicos.

Segundo apurou o Ministério Público do Amapá (MP-AP), no dia 15 de junho deste ano, o presidente do CRM/AP, ao descobrir que o auditório do Conselho havia sido cedido para realização de uma palestra, na qual estariam vários médicos cubanos, adentrou no recinto e de lá expulsou aos gritos todos os presentes, afirmando que havia sido enganado e que não aceitaria que tais médicos ali estivessem.

Bastante exaltado, desacatou a secretária municipal de Saúde, Silvana Vedovelli, quando esta tentou acalmá-lo, dizendo que com ela não falaria, pois ela não era médica e, ainda, ameaçou processar os médicos brasileiros que organizavam o evento. "Há indícios claros da prática de crime de preconceito, em razão da origem estrangeira dos médicos que atenderam ao evento e que foram expulsos do local de forma humilhante", destacou o promotor de Justiça Eder Abreu, um dos subscritores da ação penal.


Além do delito previsto no artigo 20 da Lei de Crimes Raciais, Dorimar responderá, ainda, por Desacato e Ameaça contra os médicos brasileiros presentes no local. A ação penal foi distribuída ao juízo da 4a Vara Criminal de Macapá, sob número 0053710-83.2014.8.03.0001.

Ebola no Brasil; africano internado não está com doença, diz Ministério da Saúde

Por  CBN Foz Sábado, 11 Outubro 2014 08:38


africano

O Ministério da Saúde informou na manhã deste sábado que o paciente Souleymane Bah, recém chegado da Guiné, não está com ebola, como autoridades sanitárias chegaram a suspeitar. Os exames, que deram resultado negativo, foram feitos pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, referência número um no assunto no país africano.

Segundo a pasta, o paciente seguirá internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz, até que o resultado do segundo exame seja divulgado.

Caso
o homem, de 47 anos, que veio da Guiné e está internado no Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, não teve febre, diarreia ou vômito. O paciente voltou a afirmar hoje que não teve contato com pessoas infectadas com o vírus. O ministro reafirmou que, mesmo entre as pessoas que mantiveram contato com o paciente, o risco de transmissão é muito baixo, já que ele não apresentou vômitos nem diarreia, fluidos que podem transmitir o vírus.

Além dos dois agentes enviados ontem (9) para Cascavel, no Paraná, onde o caso foi identificado, o ministério incluiu hoje mais três no grupo de coordenação do monitoramento das 64 pessoas que estiveram com o paciente. Apenas os três profissionais de saúde tiveram contato mais direto com ele.

Segundo Chioro, 64% das 889 chamadas recebidas hoje pelo Disque 136 queriam tirar dúvidas relacionadas ao ebola. O ministro reiterou que já foram tomadas medidas de segurança em portos e aeroportos e que não haverá alteração na estratégia.
Chioro anunciou, ainda, que o governo brasileiro enviará para os países afetados pelo vírus alimentos, dez kits com medicamentos, além de insumos para atendimento trimestral de 500 pessoas.

O Ministério da Saúde confirmou ontem a suspeita de um caso de ebola no Brasil. O homem é da Guiné, país onde 1.350 pessoas foram contaminadas e 778 já morreram com a febre hemorrágica.

Inicialmente, o paciente foi atendido em Cascavel. Após a suspeita, ele foi encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. Do começo do ano até quarta-feira (8), foram registrados 4.076 casos da doença e 2.316 mortes na Libéria. Em Serra Leoa, 2.950 pessoas foram contaminadas e 930 morreram.