Por CBN Foz Sábado, 11 Outubro 2014 08:38
O Ministério da Saúde
informou na manhã deste sábado que o paciente Souleymane Bah, recém
chegado da Guiné, não está com ebola, como autoridades sanitárias
chegaram a suspeitar. Os exames, que deram resultado negativo, foram
feitos pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, referência número
um no assunto no país africano.
Segundo a pasta, o
paciente seguirá internado no Instituto Nacional de Infectologia
Evandro Chagas (INI), da Fiocruz, até que o resultado do segundo
exame seja divulgado.
Caso
o homem, de 47 anos,
que veio da Guiné e está internado no Instituto Evandro Chagas, no
Rio de Janeiro, não teve febre, diarreia ou vômito. O paciente
voltou a afirmar hoje que não teve contato com pessoas infectadas
com o vírus. O ministro reafirmou que, mesmo entre as pessoas que
mantiveram contato com o paciente, o risco de transmissão é muito
baixo, já que ele não apresentou vômitos nem diarreia, fluidos que
podem transmitir o vírus.
Além dos dois
agentes enviados ontem (9) para Cascavel, no Paraná, onde o caso foi
identificado, o ministério incluiu hoje mais três no grupo de
coordenação do monitoramento das 64 pessoas que estiveram com o
paciente. Apenas os três profissionais de saúde tiveram contato
mais direto com ele.
Segundo Chioro, 64%
das 889 chamadas recebidas hoje pelo Disque 136 queriam tirar dúvidas
relacionadas ao ebola. O ministro reiterou que já foram tomadas
medidas de segurança em portos e aeroportos e que não haverá
alteração na estratégia.
Chioro anunciou,
ainda, que o governo brasileiro enviará para os países afetados
pelo vírus alimentos, dez kits com medicamentos, além de insumos
para atendimento trimestral de 500 pessoas.
O Ministério da
Saúde confirmou ontem a suspeita de um caso de ebola no Brasil. O
homem é da Guiné, país onde 1.350 pessoas foram contaminadas e 778
já morreram com a febre hemorrágica.
Inicialmente, o
paciente foi atendido em Cascavel. Após a suspeita, ele foi
encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. Do
começo do ano até quarta-feira (8), foram registrados 4.076 casos
da doença e 2.316 mortes na Libéria. Em Serra Leoa, 2.950 pessoas
foram contaminadas e 930 morreram.