Brasília
- A presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro
de Souza, pediu ontem (8/07/2013) para a presidenta Dilma Rousseff
vetar o Projeto de Lei 268/02, que regulamenta a profissão de
médico, o chamado “Ato Médico”. O prazo para sanção
presidencial termina na próxima sexta-feira (12).
“Quero
aqui manifestar nossa posição contrária ao Ato Médico”, disse
Maria do Socorro, seguida por um coro de “'Veta, Dilma”. Segundo
ela, profissionais como enfermeiros, psicólogos e nutricionistas
também precisam ser valorizados, principalmente os que estão na
atenção à saúde básica.
A
presidenta do CNS elogiou a inciativa do governo de ampliar o tempo
dos cursos de medicina de seis para oito anos para que os estudantes
atuem no Sistema Único de Saúde (SUS) antes da formatura e disse
que a medida é uma forma de dar retorno à sociedade.
“A
sociedade espera que a corporação médica assuma um compromisso com
a saúde pública brasileira. Não podemos admitir que o investimento
de R$ 800 mil para formar um estudante de medicina ou R$ 600 mil para
formar um odontólogo em universidade pública não se reverta como
uma contribuição social”, disse. "A medida vem em sintonia
não só com o clamor da rua, mas está em consonância com as
conferências de saúde e com as demandas dos movimentos sociais",
acrescentou.
Maria
do Socorro também defendeu o aumento dos investimentos em saúde,
que, segundo ela, não foram recuperados desde o fim da Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Perdemos um
valor significativo e cabe à sociedade fazer um debate sobre as
fontes necessárias para recompor esse investimento", avaliou.
"A medida vem em sintonia não só com o clamor da rua, mas está
em consonância com as conferências de saúde e com as demandas dos
movimentos sociais", acrescentou.
Luana
Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Edição:
Aécio Amado 08/07/2013
- 17h22
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